quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

A solução é terceirizar o Brasil!

Estamos vivendo uma nova tendência: a terceirização. Esse novo hábito vem sido utilizado em larga escala desde o começo deste século. Atualmente, nós terceirizamos tudo: prestações de serviços, hospitais, festas, e daqui a pouco, terá alguém terceirizando até a própria alma.
No setor publico, ás vezes, a terceirização é bem eficaz; acabando com o lenga-lenga do funcionalismo publico, e transformando a ociosidade em trabalho concreto.
Já que a terceirização é de grande proveito nas instituições publicas, por que não terceirizar todo o país??? Sim, vamos terceirizar essa aberração que nós chamamos de nação. E nós nem teremos muito trabalho com isso. Afinal de contas, nosso português já foi altamente americanizado, nossas empresas, um grande número, são multinacionais, e nós nem precisamos pensar, só precisamos produzir.
Terceirizar definitivamente é o melhor negocio! Infinitas são as vantagens. Mas a vantagem, que eu não ouso nem citar, é que se tudo der errado (o que não é raro acontecer) a culpa não é nossa! Lógico que não é nossa! Já que nós seremos os empregados, e não os patrões (olhando por esse lado, até que não vai mudar muito).
Todavia, temos que terceirizar este grande pedaço de chão para algum país de língua complicada como Estados Unidos, Inglaterra, França, Alemanha. Não podemos deixar nosso país na mão de argentinos, angolanos, paraguaios. Pior que está, isso jamais ocorrerá, já que nada transcende o ponto máximo do pior. Nós merecemos ser “administrados” e “gerenciados” por países altamente desenvolvidos, desta forma, conseguiremos avançar, mesmo que pouco.
Você leitor deve estar se perguntando quão ruim seria ser submisso as ordens de outra nação. Deve estar pensando que isso é quase uma forma de escravidão, já que seremos empregados não remunerados de um grande suserano.
Entretanto, quem somos nós para falar dessa forma de “escravidão”? Somos todos escravocratas.
Somos escravocratas quando aceitamos ter educação de acordo com nossas remunerações (rico tem boa educação; e pobre, pobre não precisa de educação, só precisa trabalhar para alguém ). Somos escravocratas quando aceitamos que as diferenças sociais citem quem nós somos. Somos escravocratas, quando arranjamos tempo para criticar, preconceitualizar, guerrear, e quando negamos tempo para respeitar.
Vivemos servindo e sustentando essa nação há décadas. Esforço não reconhecido. Nesse país de inzoneiros, mexeriqueiros, engenheiros, pedreiros, carpinteiros, lixeiros, guerreiros, sem eira nem beira, erramos, lutamos. E não evoluímos.
Ainda temos cotas pois não conseguimos ter um ensino publico tão eficiente quanto o privado. Ainda morremos nas filas de hospitais por não termos dinheiro para plano de saúde. Ainda passamos fome, frio, cede. Ainda temos esperança.
Talvez a solução seja realmente terceirizar o Brasil, antes que ele seja vendido, ou abandonado por nós, medíocres apreciadores do fim da nação.

Carolina Souza

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