sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Minha Juventude

Na minha juventude, havia cidades perigosas
Havia ruas taciturnas
Fugas entre o silencio da noite escura

Na minha juventude, quando entardecia
Todas as expectativas se consumavam
E na frente do meu espelho eu dançava

Mas minha juventude me olhou seria:
“O que você fez de nossas horas?
O que fez com os caminhos perdidos?
Agora o vento do inverno sopra...”

Na minha juventude, houve belas partidas
O disparar do meu coração com um único olhar
A incerteza a cada passo

Na minha juventude, houve interstícios
Vôos em estado de embriaguez
Aterrissagens desesperadas

Mas minha juventude me olhou severamente:
“O que você fez de nossas noites?
O que fez de nossas aventuras?
Agora, o tempo volta a correr...”

Na minha juventude, houve uma prece
Um ato, um dizer ou um sonhar
Uma promessa ou um mistério

Na minha juventude, houve uma flor
Colhida em plena doçura
Arrancada com pavor

Mas minha juventude me olhou cruelmente
E disse que ela tinha que partir
Ela se voltaria à outras estrelas
E eu que decidisse o fim da historia.

Adaptado por Carolina Souza

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