domingo, 4 de março de 2012

Posto de Saude

Eu amo o Rio de Janeiro! Balas perdidas, bueiros explodindo, predios caindo, Baia de Guanabara poluida mas conhecida como mar solido, esgoto na rua, calor infernal, transito, barulho... enfim, isso é a Cidade Maravilhosa. Mas hoje nao quero falar dessas mazelas que os nobres governantes ignoram. Quero falar da saude publica. Que a saude publica é uma merda todos já sabem, mas o atendimento esta cada dia pior. Eu era a unica pessoa que pediu pra medir a pressao em um posto, demorou mais de uma hora e ainda me trataram mal. Mas eu compreendo: a enfermeira estava mega ocupada assistindo tv. Realmente, nao da pra perder um episodio do iCarly. Enfim, hoje o Rio é o dono do dois ff.

Carolina Souza

sábado, 14 de janeiro de 2012

Patria Ingrata

 “Bem vindo ao país de todas as nações”, esta frase estava escrita em um outdoor na Zona Sul do Rio de Janeiro, e bem embaixo desse outdoor havia um morador de rua dormindo com um cachorro. Esta cena me fez pensar: será que o Brasil é o país de todas as nações mas não é o país do seu próprio povo?
É incrível como nosso povo se tornou frio. Passam na rua, vêem pessoas passando fome e são indiferentes a isso. O caos do bem-estar social e a zoomorfizaçao já se tornaram tão normais que elas passaram a ser o cenário das grandes cidades.
No dia que eu presenciei aquela cena, perto do local acontecia alguma coisa da Copa de 2014 (peço desculpas aos leitores por minha ignorância de não saber o que ocorreu em um evento tão importante; eu sei dos benefícios que a Copa trará, mas antes de ser o país de todas as nações eu quero que seja o país da nossa nação). Fecharam o espaço aéreo, gastaram milhões, passaram todos e viram os mendigos lá; e o que fizeram? Nada. E o que vão fazer? Nada. E por que não fizeram e não farão nada? Esta pergunta eu deixo para que os eleitores digam a resposta. Mas já dou a dica: o motivo pelo qual ninguém fez e nem fará nada é o mesmo motivo que faz as escolas serem péssimas, o ENEM ter questões idiotas, a cultura não existir e ter Copa do Mundo daqui a três anos.
É complicado viver em um país onde os problemas estão diante de nossas faces e nada é feito para solucioná-los. Já estou cansada e magoada de ter que escrever varias vezes sobre isso. Então, a nossa nação e as autoridades eu deixo os últimos três versos do Hino Nacional:
“Entre outras mil és tu Brasil, ó Pátria malvada,
Dos filhos deste solo és madrasta vil
Pátria ingrata Brasil”.
Carolina Souza

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Voto consciente e mais bla, bla, bla, bla

“Por um Brasil decente, vote consciente.” Os planfetários que me perdoem mas a minha consciência se recusa a participar da festa da democracia do foto obrigatório. Penso eu, que nenhuma consciência participa, porque para crer que algo obrigatório é uma manifestação democrática deve-se estar no mínimo inconsciente. 
Para esses credores de um país “decente”, o governante deverá providenciar saúde, emprego, educação e varias outras coisas, tudo isso com boa qualidade. Saude.... um dia, quem sabe, o Estado se preocupará. Emprego só com boa qualificação que é provida pela educação. Educação essa, que por sua vez, jamais será concebida a nós pelo governo. 
Os governantes sabem que com educação de boa qualidade todos passam a pensar e questionar. E um povo pensante não é manipulável. Um povo pensante levaria a sociedade ao comunismo, pois este povo saberia que a liberdade e as vontades não podem ser tiradas do corpo e representadas por um terceiro. Um terceiro que é escolhido pela maioria e não por todos. E isso é democracia? Sucumbir-se a vontade alheia? Se isso é democracia me recuso a vive-la.
Me recuso a viver na democracia da segregação de classes sócias. Na democracia, onde o pobre deve ser condenado a passar o tempo em uma escola publica, e o rico a passar os seus dias tendo o deleite do saber no ensino particular.
Me recuso a viver na democracia onde pessoas morrem na fila porque não têm dinheiro para pagar o tratamento medico. Ao mesmo tempo que outras têm o melhor atendimento da face da Terra.
Me recuso a viver nessa democracia falsa e comprada pela mesquinhez do capitalismo.
Me recuso, e queria que todos se recusassem. Queria que não esquecessem a consciência em casa, e que a carregassem consigo para questionar o mundo, para questionar as imposições, as ordens, os dogmas e tudo que aparentemente não é questionável.
A consciência dos eleitores esta no bolso, já que ele não tem dinheiro. A consciência está no lixo, junto com o senso critico e a dignidade de ser humano. A consciência está no papel junto com todas as outras teorias não praticadas pelo povo. A consciência do voto está no voto, na propaganda, nas propostas, jogo de marketing sujo, muito útil, para manipular e focalizar uma verdade exata. Verdade esta, de Platão – não é verdade! E seguimos assim, em ordem num desprogresso bem característico rumo ao topo da pirâmide invertida, votando conscientemente e acreditando em mais uns bla, bla, blas que dizem por ai.
Carolina Souza