quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Mineirês

Procêis qui móra nuistadimínas e procêis qui vencá asvêiz:

Ói qui bão sô… procês intendê mió o minêro, uai!

PRESTENÇÃO – é quâno eu tô falano iocê num tá ovíno.

CADIQUÊ ? – assim, tentânu intendê o motivo.

CADÍM – é quãno eu núm quero muito… só um poquím.

RETRATO – foto.

DEU – omez qui ‘di mim’. Ex.: Larga deu, sô!!

SÔ – fim de quarqué frase. Qué exêmpro tamêm? : Cuidadaí, sô!!!

DÓ – omez qui ‘pena’, ‘cumpaxão’ : ‘ai qui dó, gentch…!!’

NIMIM – omez qui ni eu. Exempro: Nòoo, ce vivi garrado nimim, trem!… Larga deu, sô!!…

NÓOO – Num tem nada a vê cum laço pertado, não! omez qui ‘nossa!’ Vem de Nòoosinhora!…

PELEJÂNU- omez qui tentânu: Tô pelejânu quesse diacho né di hoje, qui nó! (agora é nó mez!)

MINERÍM – Nativo duistadiminnss.

UAI – Uai é uai, sô… uai!

ÉMÊZZZ ?! – minerim querêno cunfirmá.

NÉMÊZZZ ?! – minerim querêno sabê si ocê concorda.

ÓIAQUÍ – Minerim tentâno chamá atenção pralguma coizz…

PÃO DI QUÊJU – Iosscêis sabe!… Cumída fundamentar qui disputacomo tutú a preferêca dus minêro

TUTÚ – Mistura de farinha di mandioca (ô di mio) cum fejão massadim. Baum dimais da conta, gentch!!

TREM – Qué dize quarqué coizz qui um minerim quizé! Ex “Já laveius trem!” , Qui trem bão!!

NNN – Gerúndio du minerêis. Ex: ‘Eles tão brincãnnn’, ‘Ce tá ínnn, eu tô vinnn…’

BELZONTCH – Capitár duistado.

PÓ PÔ – umez qui pó colocá.

POQUIM – só um poquim, prá num gastá muito.

JISGIFORA – Cidadi pertín du Ridijanero. Cunfúnde a cabêss do minerim qui si acha qui é carioca.

DEUSDE – desde. Ex: ‘Eu sô magrelín deusde rapazín!’

ISPÍA – nome da popular revista ‘VEJA’.

ARREDA – verbu na form imperativ (danu órdi), paricído cum sái. ‘Arredaí, sô!’

ÍM – diminutivo. Ex: lugarzím, piquininím, vistidím, etc.

DÊNDAPÍA – Dentro da pia.

TRÁDAPÓRTA – Atrás da porta.

BADACÂMA – Debaixo da cama.

PINCOMÉ – Pinga com mel.

ISCODIDÊNTCH – Escova de dente.

PONDIÔNS – Ponto de ônibus.

SAPASSADO – Sábado passado.

VIDIPERFUME – Vídru de perfume.

OIPROCÊVÊ (ou OPCV) – óia procê vê.

TIISSDAÍ – Tira iss daí.

CAZOPÔ – Caxa disopô.

ISTURDIA – Ôtru dia.

PROINÓSTÁÍNU? – pronde nós tâmo ínu?

CÊSSÁ SÊSSE ONS PASNASSAVAS? – ocê sabe se esse ônibs passa na Savassi?

REMÉDA – imita arguêm.

ONCOTÔ – onde que eu tô

PRONCOVÔ – pra onde que eu vô

PRONQUECÊ VAI? ou ONQUECÊ VAI? – pra onde que ocê vai?

CÊ TÁ INO PRA ONDI? – pra qual lugar ocê vai?

VAICATÁCOQUIM – é igual a saipralá sô!

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

O problema em ser ironico

O primeiro problema em ser irônico é que, quando as pessoas não entendem, quem fica parecendo um idiota é você.

O segundo problema em ser irônico é que quando você fala sério as pessoas pensam que você está sendo irônico!

O terceiro problema em ser irônico é que quando você utiliza a ironia para afirmar algo diferente do que se deseja comunicar, geralmente o contrário, deixando transparecer a contrariedade por meio do contexto do discurso, ou através da alguma diferenciação editorial, ou entoativa ou gestual e o receptor entende que a ironia foi utilizada para enunciar simplesmente uma falsa idéia, mas ainda assim séria, a contrariedade sutil que você utilizou torna-se inútil criando uma confusa e despercebida crítica, transmitindo a impressão que se disse algo sério tentando não ser idiota, mas só por tentar parecer ser algo sério já tornaria idiota, quando na verdade se disse algo verdadeiramente inteligente e verdadeiro.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Cisto no ovario

Os cistos ovarianos se assemelham a bolhinhas preenchidas por líquido. Costumam ser benignos e são comuns nas mulheres em idade reprodutiva, isto é, naquelas que ainda menstruam.

Quais são os tipos mais comuns de cistos de ovário?

· Cistos funcionais (cisto folicular e cisto de corpo lúteo): são os mais freqüentes. Formados a partir do funcionamento normal dos ovários, este tipo de cisto desaparece, na maioria das vezes, depois de dois a três meses. Como estes cistos são formados durante o processo de ovulação, raramente ocorrem em mulheres na menopausa ou em crianças. Normalmente não é necessário nenhum tipo de tratamento.

· Cistos dermóides (teratomas): são cistos preenchidos com vários tipos de tecidos do organismo, que podem conter em seu interior estruturas como cabelo, gordura, ossos, cartilagem e outros. Podem ocorrer em qualquer idade e, eventualmente, se tornar malignos. O tratamento é a retirada do cisto por cirurgia.

· Endometriomas: são também conhecidos como "cistos de chocolate". Aparecem quando o endométrio (camada interna do útero) adere ao ovário. O tratamento, na maioria das vezes, é cirúrgico.

· Cistoadenomas (seroso e mucinoso): são tumores benignos que se desenvolvem a partir das células que recobrem o ovário. Podem atingir grandes tamanhos e o tratamento é cirúrgico.

· Cistadenocarcinomas (seroso e mucinoso): são tumores malignos que também se desenvolvem a partir das células que recobrem os ovários. Muitas vezes apresentam áreas sólidas no seu interior. O tratamento é cirúrgico; eventualmente precisa ser complementado com quimioterapia.

Como são formados os cistos funcionais?
A maioria dos cistos aparece devido ao funcionamento normal dos ovários. O cisto de ovário mais comum é o chamado cisto funcional. A cada mês, durante o ciclo menstrual da mulher, uma pequena estrutura cística chamada folículo se forma no interior do ovário. Quando este folículo se torna maduro, se rompe e o óvulo é liberado. O corpo lúteo (também chamado de corpo amarelo) é formado a partir do folículo vazio e, se não ocorre gravidez, ele normalmente involui e desaparece.

Quando o folículo em desenvolvimento, por razões desconhecidas, retém muito líquido e atinge tamanho maior que 2 cm é chamado de cisto folicular. Os cistos de corpo lúteo, como o nome indica, são formados a partir do corpo lúteo que, ao invés de ser absorvido, sofre uma transformação cística.

Quais são os sintomas dos cistos ovarianos?
Na maioria das vezes, os cistos de ovário não causam qualquer sintoma. Mas quando presentes, pode surgir:
· dor na região inferior do abdômen;
· dor durante a relação sexual;
· sensação de plenitude no abdômen;
· irregularidade menstrual;
· dor durante a menstruação.

É importante saber que estes sintomas são raros e não caracterizam a existência de cisto de ovário, sendo, portanto, muito mais freqüentes em outras doenças.

Se os cistos ovarianos não causam sintomas, como é feito o diagnóstico?
O meio mais comum diagnosticar o cisto de ovário é através do exame ginecológico anual. O médico pode perceber, ao toque vaginal, um aumento de um ou ambos os ovários e solicitar exames complementares para uma melhor avaliação.

A ultra-sonografia transvaginal, realizada no interior da vagina, é um dos principais exames para avaliar as características dos cistos de ovário. Permite avaliar o tamanho do cisto e se existem áreas sólidas no seu interior, o que ajuda a determinar o tipo de cisto. Entretanto, a ultra-sonografia não define com certeza se o cisto é benigno ou maligno.

A laparoscopia permite visualizar diretamente o cisto através de pequenas incisões no abdômen e, se necessário, retirá-lo. A vantagem dela sobre a cirurgia convencional é o menor tempo de recuperação e internação, além de deixar uma pequena cicatriz.

Apesar de todos estes exames ajudarem na avaliação dos cistos ovarianos, o diagnóstico definitivo só pode ser feito através do exame histopatológico (através do microscópio, pelo médico patologista), após sua retirada.

Se o diagnóstico definitivo só é feito através do exame histopatológico, todos os cistos devem ser retirados?
Não. Na maioria das vezes, quando se tem quase certeza que o cisto é funcional, isto é, pequeno e sem áreas sólidas no seu interior, a mulher ficará em observação durante três a seis meses. Em alguns casos, é indicado o uso de anticoncepcional oral.

O anticoncepcional, que impede a ovulação, não permite a formação de novos cistos funcionais. Como esses cistos tendem a regredir em um a três meses, a presença de um cisto ovariano após três meses de uso de anticoncepcional requer, muitas vezes, sua extirpação.

Existem algumas situações em que, independente das características do cisto, é necessária uma conduta mais agressiva, com a retirada do cisto, pelo risco de malignidade. Nestes casos, a possibilidade destes cistos serem funcionais é mínima e o diagnóstico definitivo pelo médico patologista é necessário nos casos abaixo:
· cisto com áreas sólidas no seu interior (ex.: vegetações);
· crescimento anormal do cisto;
· cisto ovariano em crianças e adolescentes que não menstruaram ainda;
· cisto ovariano em mulheres na pós-menopausa.

Como é o tratamento?
Quando há suspeita de que o cisto não é funcional, o tratamento é cirúrgico, geralmente com a retirada do cisto ou de todo o ovário. O tipo de cirurgia varia de acordo com a idade da paciente, o tamanho e as características do cisto, e o desejo de uma gravidez futura.

Nos casos em que o cisto é maligno, uma cirurgia mais ampla pode ser necessária.

Os anticoncepcionais orais servem para tratar os cistos de ovário?
Não. Os anticoncepcionais orais não são utilizados com a finalidade de tratar os cistos ovarianos, e sim para definir se um cisto é funcional ou não.

Os cistos de ovário são extremamente freqüentes nas mulheres em idade reprodutiva. São, na maioria das vezes, benignos, não necessitando de tratamento. Como os cistos de ovário raramente causam sintomas, é importante que toda mulher vá regularmente o ginecologista. Apesar de raramente o cisto de ovário ser um câncer, sempre existe esta possibilidade. Quanto mais precoce for feito o diagnóstico, maiores as chances de cura.

Artigo extraido do Medcenter