terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Sejamos, pois, cupins

Foi assim que o meu doce-amargo fim de semana se findou, o escasso momento que tenho para cuspir os meus míseros dotes artísticos foi desperdiçado com aquela magnífica prova.

ENEM: o exame que atesta a incompetência dos cérebros fabricados pelo ensino publico. O que não é de se admirar, partindo do principio que grande parte do que é publico tem a tendência em ser falho. Todavia, deixemos de lado os engenhosos feitos dos burgueses-adiposos e vamos entender o mecanismo deste novo- velho exame.
O governo tendo ciência de que as escolas publicas não capacitam o aluno nem para apertar parafusos resolveu, mais uma vez, mascarar a situação: faça-se o novo Enem. E surgiu. A partir daí, com o novo Enem sendo utilizado como vestibular, para ingressar em uma universidade basta saber ler. Sim, basta somente saber ler, pois este é o único conhecimento necessário para se fazer a prova. E a população incauta, ingênua ou ignorante, considera a facilitação do acesso a faculdade algo maravilhoso. Grande engano. Enem, esta prova que é vista com medo pelos estudantes das escolas publicas, e feita com deboche pelos alunos das instituições particulares. E mais uma vez, a classe media e alta são a maioria nas universidades federais, a minoria da população e a maior beneficiada com o Enem.
Santa democracia da estratificação social. Republica da aristocracia daqueles que algarismam o amanhã.
Pra que criar seres pensantes que irão contra o sistema vigente?
O governo não educa monstros para derrubá-lo, entretanto ele deixa que os cupins vivam, e roam sua estrutura de forma passiva até a queda. Uma queda para que todos fiquem no mesmo patamar. Sejamos, pois, cupins.

Carolina Souza

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