quarta-feira, 28 de julho de 2010

Maldito preconceito

Fico extremamente feliz ao saber que a maior parte das pessoas não querem que existam casas populares ao redor das suas. Mas por que não querem? Algum de vocês repugnaria um vizinho rico? Todavia rejeitam um vizinho pobre. Pobreza nunca foi e nem será sinonimo de bandidagem. É inaceitavel que grande parte da população desaprove a construção de casas populares pelo simples fato de pensarem que quem não tem condição financeira para contruir uma casa é bandido. A estagnação economica acontece nos lugares onde o conservadorismo se confunde com a ignorancia.

Espero que não reclamem da ausencia do progresso!

Carolina Souza

sábado, 24 de julho de 2010

A sede de sangue por Carlos Heitor Cony

Comentei outro dia, em crônica publicada na página 2 da Folha de S.Paulo, a sede de alguns leitores pelo sangue alheio. Até certo ponto, esta sede está se alastrando pela sociedade inteira, que diante de qualquer acontecimento doloroso ou doloso, exige veias dilaceradas e borbotões de sangue dos culpados, havendo ou não havendo culpados na questão.


O ideal seria que não ocorressem desastres nem dramas, como o da morte do zagueiro Serginho, que teve uma parada cardíaca em campo, durante uma partida de futebol, e morreu logo em seguida. Pode ser que tenha havido incúria do clube, do departamento médico do São Caetano ou mesmo da federação paulista de futebol, dando condições de jogo a um cardiopata -- o que parece ser o caso do jogador.

Evidente que haverá uma investigação a respeito, e se houver culpados, que eles sejam responsabilizados de acordo com a lei. O que não se compreende é esta cobrança antecipada, na base do sangue que deve ser lavado com sangue. Neste particular, a mídia é cúmplice na sede de sangue por sangue, no pressuposto de agir em bem da sociedade, quando, muitas vezes, se trata apenas da concorrência entre veículos e profissionais do mesmo ofício.

Certo, é um direito da sociedade saber de tudo. Mas é problemática a apreensão universal desse "tudo", de todos os atos lícitos ou ilícitos que acontecem no seio de uma sociedade. E tem mais: nem sempre os profissionais da mídia são tecnicamente indicados ou aparelhados para matar a sede de sangue que pretende lavar outros sangues.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

ENEM

O resultado do ENEM foi frustante, mas previsivel; afinal de contas, qualquer um sabe que a maior parte das escolas particulares são bem melhores (em sua maioria) que as publicas. Apesar dos resultados, o ensino do país melhora! Ou será que o nivel das provas estão caindo? Enfim, isso não faz muita diferença, porque quem estuda em escola publica tem cota. Eu não sou contra o sistema de cotas, principalmente pq nesse momento um aluno da rede publica não tem a menor condição de competir com alguem do sistema privado. Todavia, penso eu que as cotas existem pelo simples fato de ser mais facil facilitar a entrada de um estudante em uma universidade do que melhorar toda a rede de ensino. Como sempre, no nosso país, tentamos solucionar as consequencias dos problemas que cada vez ficam mais arraigados no nosso cotidiano! É mais facil dar um jeitinho brasileiro do que realizar mudanças!

Carolina Souza

quinta-feira, 8 de julho de 2010

O problema não é o Lago

Pós Copa, ainda embriagados de patriotismo, temos mais um problema: O PARQUE. Não estou dizendo que o Parque seja um problema, ele tem uma infra-estrutura invejável, todavia não digo que ele é uma dádiva. Você que está lendo, com certeza, está pensando no lago cuja água tem cheiro de maresia – falo maresia para não dizer peixe morto -. Enfim, a questão não é o lago, e sim, o Parque. As pessoas mais velhas sabem como era antes e como é agora. Não é só o Lago. As águas não têm mais o mesmo sabor nem aroma, e arrisco dizer que nem mesmo têm todas aquelas propriedades medicinais que tinham a priori. Devemos cuidar para que o nosso único e maior bem não se acabe, pois uma vez sem nossas águas, eternamente sem São Lourenço.

Carolina Souza