sábado, 14 de janeiro de 2012

Patria Ingrata

 “Bem vindo ao país de todas as nações”, esta frase estava escrita em um outdoor na Zona Sul do Rio de Janeiro, e bem embaixo desse outdoor havia um morador de rua dormindo com um cachorro. Esta cena me fez pensar: será que o Brasil é o país de todas as nações mas não é o país do seu próprio povo?
É incrível como nosso povo se tornou frio. Passam na rua, vêem pessoas passando fome e são indiferentes a isso. O caos do bem-estar social e a zoomorfizaçao já se tornaram tão normais que elas passaram a ser o cenário das grandes cidades.
No dia que eu presenciei aquela cena, perto do local acontecia alguma coisa da Copa de 2014 (peço desculpas aos leitores por minha ignorância de não saber o que ocorreu em um evento tão importante; eu sei dos benefícios que a Copa trará, mas antes de ser o país de todas as nações eu quero que seja o país da nossa nação). Fecharam o espaço aéreo, gastaram milhões, passaram todos e viram os mendigos lá; e o que fizeram? Nada. E o que vão fazer? Nada. E por que não fizeram e não farão nada? Esta pergunta eu deixo para que os eleitores digam a resposta. Mas já dou a dica: o motivo pelo qual ninguém fez e nem fará nada é o mesmo motivo que faz as escolas serem péssimas, o ENEM ter questões idiotas, a cultura não existir e ter Copa do Mundo daqui a três anos.
É complicado viver em um país onde os problemas estão diante de nossas faces e nada é feito para solucioná-los. Já estou cansada e magoada de ter que escrever varias vezes sobre isso. Então, a nossa nação e as autoridades eu deixo os últimos três versos do Hino Nacional:
“Entre outras mil és tu Brasil, ó Pátria malvada,
Dos filhos deste solo és madrasta vil
Pátria ingrata Brasil”.
Carolina Souza

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